sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Lar


"Te amei assim como água de chuva
Que vai penetrando pra dentro do mundo
Te bebi assim como poço de rua
Que eu olhava dentro mas não via o fundo"


Nilson Chaves - Flor do destino


Já posso vê-la por perto
Seus contornos, o céu azul ou encoberto
O calor que aconchega, que chama pra sala, que se faz por completo

Já sinto seu perfume pelo quarto, como o das mangueiras que dão frutas
Nos túneis verdes, nos pés descalços, nas palavras maduras
Sabe que estou chegando, que a ausência já não perdoa. Ela me escuta

Lugar de onde vim, para onde vou e que explica como chegar
Com o tempero forte, as cores vivas, atraindo-me para descansar
É luz ativa, está sempre presente, é o que posso chamar de lar

Já dá para vê-la de braços abertos, com a baía cheia, o barco a navegar
E retorno ao que sei de mim, ao que está aqui dentro, ao que me chama sem parar
Obrigado pela espera. Faço-me seu de novo. É com orgulho que volto, minha Belém do Pará.

Por Guto Seguin

4 comentários:

  1. "Paralelas que se cruzam em Belém do Pará"...
    Boa sorte nessa nova etapa - E um abraço pra ti!
    Andre

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  2. Fala, Guto!

    Saudades de você, rapaz!

    Grande abraço!

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  3. Belém é berço, água, cheiro, ritmo, paixão dessas de andar descalço e coração.
    Sempre contigo, um forte abraço.

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  4. Ah, sim. Compartilho!
    Belém tem muitos defeitos, certamente. Mas também tem tantos encantos! É, de qualquer forma, é o lugar que podemos "chamar de lar". Isto não é suficiente pra muito gente, mas é motivo suficiente pra eu voltar com orgulho também.

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